Praça da Estação - BH

Algumas fotos tiradas em Julho/2016, nas ruas de Belo Horizonte - MG.

SOBRE A ARTISTA

Bixa, preta, terrorista de gêneros racializados. Cartografa, fronteiriça, corpo diaspórico. Localizo-me entre a psicologia e a arte. Sou rio, com sede de mar.  

Me chamo Castiel, tenho 21 anos, sou artista plástico e estudante psicologia (UFES). Sobre meu gênero, me reconheço em um fluxo identitário, que transita entre masculinidades afeminadas e feminilidades masculinizadas. Sendo assim, assumo-me bixa preta transvida. Busco subverter e torcer todas as tecnologias que interseccionam negritude e sexualidade para juntas me limitar, me marginalizar,  e me despotencializar.  Sou preta e hibrida de dissidências sexuais. 

Meu trabalho estrutura-se em um processo auto-escavatório, onde tento mapear os processos subjetivação que me constituíram como sujeito preta e bixa. Mas, sobretudo, reconheço a potencialidade anti-racista e contrassexual que minha singularidade possui, e a exploro. 
A estratégia poética para discutir minha corporeidade é baseada na produção de roupas-próteses, de performances, de fotos e de videos, pois compreendo a estética do meu corpo-bixa-preta como um suporte profundamente capaz de provocar fissuras em modelos racistas e colonizadores de sexualidades.