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sexta-feira, 6 de outubro de 2017

O QUE (NÃO) ESPERAR DO MAR

O QUE (NÃO) ESPERAR DO MAR

-Espere pelo retorno de uma embarcação que não lhe prometeu volta.

-Leia uma notícia sobre naufrago. Sente de frente para o mar. Espere por aquele barco naufragado. 

- Espere que os marinheiros respeitem a capacidade que seu corpo-atracadouro possui de comportar embarcações. 

(experimentação do espaço Museu da Vale (ES) , feita durante a residencia artística Infinitas.)


NÃO PISE NA GRAMA

experimentação do espaço Museu da Vale (ES) , feita durante a residencia artística Infinitas.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

COLETE SALVA-VIDAS



Como não me afogar novamente? Tenho me feito essa pergunta há alguns meses. Como não me afogar novamente? Como não me afogar novamente? Essa pergunta tem me perturbado e me redirecionado à novas rotas.  Como não me afundar novamente em um mar de angustias? Fui a procura daquelas e daqueles que conhecem este mar. Fui reorientada. Revisitei memórias do meu corpo, e reaprendi movimentos de nado criados há seculos e atualizados durante todos esses anos. Também os atualizei.  Agora, sinto que estou mais forte para não me deixar levar pelas ondas de tristeza e melancolia. Mas, sei que ainda tenho inseguranças, medo de não saber nadar. Confuso. Então criei um colete salva-vidas. O preenchi de arruda, abre caminho, guine, alecrim, elevante e hibisco. Essas foram as ervas recomendadas a mim pelo Caboclo Sol e Lua, durante uma de minhas aulas de nado; processos de cura e aprendizagem. Noto que meu corpo torna-se mais confiante quando acopla-se com essa prótese. Nesses momentos, a vontade de entrar no mar é tão intensa que sinto meu corpo refrescado, e o calor, provocado pelo racismo, desaparece.    






terça-feira, 3 de outubro de 2017

no fim

No fim, o que sobrevive são afetos. Tristes ou felizes. Metamorfoseados ou conservados. No fim, assim como no começo, somos corpos se autoproduzindo em afetos.