terça-feira, 20 de junho de 2017
domingo, 11 de junho de 2017
REDES DE PESCAR AFETOS DE CURA
REDES DE PESCAR AFETOS DE CURA
Arruda. Malva. Algodão.
fotografia: Napê Rocha (https://www.instagram.com/n4p3/?hl=pt-br)
fotografia: Napê Rocha (https://www.instagram.com/n4p3/?hl=pt-br)
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Portfólio
segunda-feira, 5 de junho de 2017
Como construir um novo ciclo?- poesia
Este é um registro da minha primeira experiencia em criação de poesia improvisada. Uma poesia feita no momento em que a câmera começou a me filmar. É um dialogo comigo mesma e para mim mesma.
PRECISO DE MIM - poesia
PRECISO DE MIM.
Eu não te odeio. Não tenho remorso. Só não consigo lidar com você por agora. Eu ainda te desejo, e meu corpo não merece o triste afeto que tem experimentado ao reconhecer isso. Não me ligue, não me escreva. Me ignore, desapareça. Eu não tenho tempo para aprender a me acostumar com a sua ausência. O que eu preciso são de dias para conseguir reaprende a lidar com a minha presença. Não é mais você. Não é só você. Eu as vezes que nós, admito. Mas, neste momento, o que eu mais preciso é de mim.
castiel vitorino
domingo, 4 de junho de 2017
Instalação no Projeto Capsula
Instalação feita por Castiel Vitorino, para compor um quadro de referências dos artistas que participaram do projeto de imersão Cápsula.
sobre o projeto:
A Cápsula é um projeto de FORMAÇÃO EM ARTE CONTEMPORÂNEA voltado para profissionais atuantes no Espírito Santo. Ele busca criar um ambiente de diálogo crítico para os praticantes, críticos e curadores locais nas mais diversas formas de atuação poética - das artes plásticas ao cinema, do design à composição musical. Os participantes terão um espaço para desenvolverem os seus projetos e obterem ferramentas críticas para se relacionarem com o circuito de artes como um todo.
mais informações: https://acapsula.tumblr.com/sobre
sobre o projeto:
A Cápsula é um projeto de FORMAÇÃO EM ARTE CONTEMPORÂNEA voltado para profissionais atuantes no Espírito Santo. Ele busca criar um ambiente de diálogo crítico para os praticantes, críticos e curadores locais nas mais diversas formas de atuação poética - das artes plásticas ao cinema, do design à composição musical. Os participantes terão um espaço para desenvolverem os seus projetos e obterem ferramentas críticas para se relacionarem com o circuito de artes como um todo.
mais informações: https://acapsula.tumblr.com/sobre
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Portfólio
Como abandonar um ciclo?
foto do amanhecer. paisagem existente em frente ao meu quarto. registro feito por mim.
Como abandonar um ciclo?
Não se trata de abandona-lo. Ou de supera-lo. Muito menos de esquece-lo. É preciso esgota-lo, vive-lo.
Viver seu fim. Mas veja, viver é diferente de suportar, pois este exige sofrimento, e aquele se afirma necessariamente na felicidade; mas não só nela. Viver é se afundar, contra a sua vontade, em um mar de possibilidades, que, por serem incertas, tornam-se assustadoras. Viver é não aceitar o fato de não ter conseguido nadar. Viver é não ter querido nadar. Viver é chegar no fundo desse mar de incertezas, e descobrir que ele tem fim, tem limites. E ultrapassa-los não deve ser uma obrigação, e sim uma vontade. Viver é tocar nesses limites, senti-los, caminhar sobre eles.
Mas ainda me perguntam "como abandonar um ciclo?". E penso que essa não é a melhor pergunta a ser feita. Ela precisa ser substituída por "como compreender o ciclo?", ou ainda "como viver o ciclo?". Viver exige compreensão de inicio e fim. Compreensão corpórea- afetiva-mental-espiritual. Compreender não é dizer pra si mesmo que o ciclo está acabando. É também isso, mas não só. Compreender é se perguntar o porque do fim. Compreender é produzir conhecimento através de questionamentos, e questionamentos do próprio questionamento.
Mas como não se perder nestes questionamentos? Como não produzir para si um corpo à deriva em problematizações? Como não morrer antes de chegar no fim/fundo do mar de incerteza?. Acredito que a resposta para tais questões seria: não tendo medo dessas perguntas e possibilidades.
O medo bloqueia movimentos, e o que mais precisamos é de nos movimentarmos. Correr, caminhar, nadar, pular, voar, deitar, levantar, dançar. Os movimentos conscientizam nosso corpo, e corpo é vida. Logo, viver é se movimentar, produzindo para si novos modos de estar em coletividade.
Sendo assim, "viver o ciclo" é compreender que nele produzimos movimentos que aos poucos o extrapola. Não por serem bons ou ruins, e sim por serem movimentos em eterna modificação, expansão. Esta qualidade faz com que qualquer ciclo não seja capaz de suporta-los por muito tempo.
Por isso é preciso criar novos ciclos. Ou melhor, é necessário se permitir a criar novos ciclos, sabendo que eles são perecíveis, possuem data de validade. Ciclos apodrecem, e precisam ser jogados fora.
Então, viver um ciclo é ter coragem de dar um impulso no fundo do mar e nadar até a superfície, passando novamente por incertezas que já conhecemos, e se preparando para novas. Aquelas incertezas que encontram-se em terra firme. Aquelas que se produzem no ar, que são trazidas com o vento. Que se alimentam de sol.
Viver o ciclo é viver. E viver é compreender que a vida nunca caberá em ciclos, mesmo sendo composta por eles.
castiel vitorinoPRETA TRANS VIADA - poesia
Marginalizada, deslegitimada. Esculachada.
Renegada, ridicularizada. Espancada.
Subversida, contra-discursiva.
Fraca? não!
Eu sou pesada, bem estruturada e abusada.
Só ano armada, e se tentar abuso, é navalhada!
Eu sou potente, então se não sustenta:VAZA!
Sou a neguinha animalizada.
Que destrói as regras, e toma de assalto sua risada.
Só ando em bonde e se vier peitar, as trava mata!
Então, chega tranquilo e vem fazer role com a bixarada
Mas fica esperto, pois se deslizar
Noís mete a bata.
Renegada, ridicularizada. Espancada.
Subversida, contra-discursiva.
Fraca? não!
Eu sou pesada, bem estruturada e abusada.
Só ano armada, e se tentar abuso, é navalhada!
Eu sou potente, então se não sustenta:VAZA!
Sou a neguinha animalizada.
Que destrói as regras, e toma de assalto sua risada.
Só ando em bonde e se vier peitar, as trava mata!
Então, chega tranquilo e vem fazer role com a bixarada
Mas fica esperto, pois se deslizar
Noís mete a bata.
castiel vitorino
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